9 de julho de 2005

Sim Heitor, você vai ser o quê mesmo quando crescer?

Tudo num abrir e fechar de olhos. Num dia dormi depois de um disputado torneio de cuspe à distância e num outro já me vi tendo que esconder-me do show de minha mãe na rodoviária, mesclando lágrimas e bênçãos, vendo o último filho sair de casa pra estudar fora.

Primeiro dia na Universidade e 17 anos e meio de desejos reprimidos por uma educação com vocação para suco de limão, que além de parecer que sustenta, azeda a vida de qualquer adolescente em fase de descobrir tudo que é possível ao corpo e à mesada. Vê-se aí, que essa mistura nada tinha pra culminar em frutos que enchessem os olhos da amada, idolatrada, salve, salve Universidade pública e de qualidade. E até ser confrontado com a realidade diversificada, no que diz respeito às incoerências e em tudo mais, eu acreditei nesse conto de fadas de que essa instituição podia concretizar a resposta da famigerada frase, pela qual todos nós já fomos interpelados algum dia pelo pai médico-quero-te-deixar-meu-consultório, ou quem sabe da sua mãe-dona-de-casa-pelo-amor-de-Deus-vai-estudar-pra-não-ser-como-eu ou até pela sua tia-eu-tenho-certeza-que-esse-menino-não-vai-dar-pra-nada-que-preste.

Karine

Rumo à casa dos 74 kg!!! Desce, gráfico, desce!!!